quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Niilismo | Hedonismo

Niilismo

As relações vazias, o tempo que passa tão rápido, um mundo complexo e menos inspirador, a falta de sentido na vida. Você começa a perder a visão, logo se isola do mundo e esquece a realidade dele, tem em suas mãos uma nova forma de dar sentido às coisas. À sua frente está um tecido prestes a ser preenchido com suas palavras, desenhos e sentimentos, vestido em corpos, que perdem seus sentidos, calados, que lhe dão a oportunidade de se expressar, de colocar seu verdadeiro mundo nos olhos dos outros sem o medo de uma falsa realidade.

Hedonïsmo

Um quarto de hotel, luzes luxuriantes que percorrem o ambiente numa direção incerta e se derramam sobre o sofá como uma manta macia, a lembrança de momentos idos e, na parede, flores que adornam as velhas paredes do Anjou de Louveciennes. O cenário que revisita os anos 1930 tem no tecido o cheiro de corpo perfumado impregnado, a fotografia de uma união poética, sensual e intelectualmente estabelecida, o álcool derramado sobre o tapete empoeirado, os indícios de qualquer coisa que não deve ser revelada pela sua indecência; somente na penumbra de um quase-amanhecer de verão. Henry, calor, brisas cantantes, vozes trêmulas, energia, vitalidade, calmaria, carícia, silêncio. Há algo que ainda respira, é convidativo e chama para uma revisita, porque o prazer é insaciável, e o quarto silenciará até a tomada de uma nova cena.


Alunas:

Andrea Pallaoro Garcia

Bárbara Zandomenico

Rafaela Blödorn

Raquel Bloomfield

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